Tenhoa suspeitade quea espécie humana -a única - está prestesa extinguir-see que aBibliotecaperdurará:iluminada,solitária,infinita,perfeitamente imóvel,armada devolumes preciosos,inútil,incorruptível,secreta.
Jorge Luís Borges
2 comentários:
Anónimo
disse...
"Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, indubitavelmente, o livro. Os outros são extensões do seu corpo. O microscópio e o telescópio são extensões da vista; o telefone é o prolongamento da voz; seguem-se o arado e a espada, extensões do seu braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação. Em «César e Cleópatra» de Shaw, quando se fala da biblioteca de Alexandria, diz-se que ela é a memória da humanidade. O livro é isso e também algo mais: a imaginação. Pois o que é o nosso passado senão uma série de sonhos? Que diferença pode haver entre recordar sonhos e recordar o passado? Tal é a função que o livro realiza.
Jorge Luís Borges, transmontano de raízes ( Avó), sempre se orgulhou da sua origem Portuguesa. Visitou o nosso país, em 1921 e em 1984 e foi reconhecido como melhor escritor da sua época.
Os Borges Nada ou pouco sei dos meus ancestrais Portugueses, os Borges: vaga gente, Que na minha carne, obscuramente, Prossegue seus hábitos, temores e rituais. Ténues como se nunca houvessem existido E alheios aos trâmites da arte, Indecifravelmente fazem parte Do tempo, da terra e do que é esquecido. Melhor assim. Cumprida a odisseia São Portugal, são a famosa gente Que forçou as muralhas do Oriente E se deu ao mar e a outro mar de areia. São o rei que no místico deserto Se perdeu mas jura estar perto. Tiago Rodrigues
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"Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, indubitavelmente, o livro. Os outros são extensões do seu corpo. O microscópio e o telescópio são extensões da vista; o telefone é o prolongamento da voz; seguem-se o arado e a espada, extensões do seu braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação. Em «César e Cleópatra» de Shaw, quando se fala da biblioteca de Alexandria, diz-se que ela é a memória da humanidade. O livro é isso e também algo mais: a imaginação. Pois o que é o nosso passado senão uma série de sonhos? Que diferença pode haver entre recordar sonhos e recordar o passado? Tal é a função que o livro realiza.
Jorge Luís Borges
Jorge Luís Borges, transmontano de raízes ( Avó), sempre se orgulhou da sua origem Portuguesa. Visitou o nosso país, em 1921 e em 1984 e foi reconhecido como melhor escritor da sua época.
Os Borges
Nada ou pouco sei dos meus ancestrais
Portugueses, os Borges: vaga gente,
Que na minha carne, obscuramente,
Prossegue seus hábitos, temores e rituais.
Ténues como se nunca houvessem existido
E alheios aos trâmites da arte,
Indecifravelmente fazem parte
Do tempo, da terra e do que é esquecido.
Melhor assim. Cumprida a odisseia
São Portugal, são a famosa gente
Que forçou as muralhas do Oriente
E se deu ao mar e a outro mar de areia.
São o rei que no místico deserto
Se perdeu mas jura estar perto.
Tiago Rodrigues
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