sexta-feira, 11 de abril de 2008

Porque é Abril



Bob Dylan foi galardoado, esta semana, com um prémio Pulitzer. A ideia foi distinguir o «profundo impacto que a sua obra teve na música popular e na cultura» dos Estados Unidos da América e o reconhecimento do «extraordinário poder poético» das suas composições. Dylan entra pelas salas de aula, nos EUA, com uma facilidade impressionante. Mr. Tambourine Man, The Times They Are A-Changin ou Blowin’ In the Wind servem de suporte para a introdução, não só à poesia, mas também à História, junto dos jovens.
E por cá? Não existiram Bob Dylan’s? Na mesma década e com as mesmas motivações? Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira não desempenharam iguais papéis? Manuel Alegre e Ary dos Santos, não imortalizaram o sentir de um povo? De forma poética, bela, sentida? As palavras das cantigas e A praça da canção, não poderão entrar por essas salas de aula adentro? Por essas bibliotecas? Poderão pois. Quanto mais não seja agora, que é Abril.

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